Se você acompanha o mercado imobiliário, já deve ter percebido que o número de leilões aumentou no Brasil nos últimos anos — e não é por acaso. Esse movimento é reflexo direto de uma combinação de fatores econômicos e jurídicos que mexeram com o mercado.
Mas afinal… por que isso está acontecendo?
Índice
- Aumento da inadimplência
- Facilitação dos processos de execução
- Popularização dos leilões online
- Oportunidades de investimento
- Atenção: leilão não é sinônimo de negócio fácil
Aumento da inadimplência
Com as crises econômicas recentes, muitos proprietários tiveram dificuldade para manter financiamentos, pagar dívidas condominiais, tributos ou contratos bancários. Como consequência, imóveis foram retomados por bancos, incorporadoras e credores — e levados a leilão para cobrir parte desses débitos.
Facilitação dos processos de execução
Nos últimos anos, houve modernização e digitalização dos processos judiciais e extrajudiciais, o que acelerou execuções de dívidas e a consequente penhora e leilão de imóveis. Além disso, a alienação fiduciária (muito comum nos financiamentos) permite a retomada rápida do bem em caso de inadimplência.
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Popularização dos leilões online
A tecnologia aproximou o investidor dos leilões. Hoje, qualquer pessoa pode participar de um leilão judicial ou extrajudicial de onde estiver, com plataformas online organizadas e seguras. Isso aumentou a oferta e a liquidez desse mercado.
Oportunidades de investimento
Com imóveis sendo vendidos a preços bem abaixo do mercado, investidores atentos perceberam o potencial de lucratividade, seja para revenda, locação ou uso próprio. Esse aumento da demanda também incentiva mais credores a optarem pelo leilão como solução para imóveis parados ou inadimplentes.
Atenção: leilão não é sinônimo de negócio fácil
Apesar das oportunidades, participar de leilões exige cautela:
- Verificar a situação jurídica e fiscal do imóvel;
- Analisar pendências com ocupantes, dívidas condominiais e tributos;
- Avaliar bem o edital e o valor de mercado da propriedade.
Dica: antes de arrematar um imóvel em leilão, conte com a orientação de um advogado especializado em leilões e direito imobiliário. Ele vai ajudar você a evitar riscos ocultos e garantir a segurança jurídica do seu investimento. Acesse nosso site, acompanhe nossas publicações no perfil @advogados.costa e confira todos os nossos serviços no Linktree.

Débora Brandão Filadelfo (OAB/SP: 494.406) é advogada formada pela Universidade de São Paulo, com pós-graduação em Processo Civil pela PUC Paraná. Com um forte compromisso com o aprendizado contínuo, atualmente está se especializando em Direito Imobiliário. Débora destaca-se por seu rigor técnico e profundo conhecimento jurídico, qualidades que a capacitam a oferecer soluções eficazes e personalizadas aos seus clientes.